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Ideal Nacional - Schoenstatt


Vida Padre Kentenich

Padre José Kentenich 1885-1968

"Avé Maria por tua pureza, conserva puros meu corpo e minha alma.
Abre-me amplamente o teu coração e o coração de teu Filho.
Dá-me almas, confia-me às pessoas e tudo o mais toma-o para ti.
Ámen."

Infância

Josef Kentenich nasceu em 1885, em Gymnich, perto de Colónia, Alemanha. Em 1894, entrou no orfanato de S. Vicente, em Oberhausen. Nessa altura, a sua mãe consagrou-o a Nossa Senhora. José, de oito anos de idade, acompanhou, muito conscientemente, esta consagração. Maria assumiu a sua educação e cuidado. "O que sou e o que em Schoenstatt surgiu devo-o à Mãe de Deus", declara assim o Padre Kentenich, ao lançar um olhar retrospectivo sobre a sua vida.

A 25 de abril de 1897 fez a sua 1ª comunhão.


Juventude

Em 1904, entrou na sociedade dos Palotinos, onde fez o Noviciado. Fez os estudos de Teologia em Limburgo. Durante anos, teve de suportar uma grave crise espiritual, que o leva quase ao esgotamento das suas forças. José Kentenich, intelectualmente muito dotado, é atormentado pelas perguntas: - "O que é a verdade? Posso conhecê-la?" Mas o seu amor a Maria não é atingido por essas dúvidas e incertezas que o afligem.

Através da Mãe de Deus, encontra a saída da sua crise espiritual. De um modo extraordinariamente profundo, Ela torna-o participante do seu amor a Deus e à humanidade.


Sacerdote e Director Espiritual

Em 1910, recebeu a Ordenação Sacerdotal e começou a sua actividade como professor no Seminário Menor da sua comunidade, em Ehrenbreitstein.

Desde 1912, trabalhou como director espiritual dos alunos do novo Seminário Menor em Schoenstatt / Vallendar. Verifica-se que o Padre Kentenich é um pedagogo muito dotado. O seu objectivo pedagógico era claro e entusiasmava os alunos a tornarem-se personalidades firmes e livres, e a viverem santamente no meio do mundo moderno. O Padre Kentenich conduzia os alunos a uma séria auto-educação e oferecia-lhes, sobretudo, Maria, como Mãe e Educadora.


Fundação de Schoenstatt

A 18 de Outubro de 1914, juntamente com alguns alunos, arriscou o primeiro passo para a fundação do Movimento de Schoenstatt.

Numa pequena capela em Schoenstatt, selaram uma aliança com Maria – a Aliança de Amor. Ela contém o pedido à Mãe de Deus, para que esteja particularmente presente naquela Capela e actue como educadora do Homem Novo. Aqui surgirá um lugar de peregrinações e de graças para muitas pessoas, assim confiavam o Padre Kentenich e os jovens.

Como contribuição para este objectivo, eles mesmos queriam oferecer uma vida radical de fé e de compromisso por  Schoenstatt."Nada sem Ti, nada sem nós" era a fórmula breve para a intensa comunidade de caminho com Maria, que naquele momento começava.

A ideia predilecta da hora da fundação, aos poucos começava a tornar-se realidade. A Capela de Schoenstatt é hoje lugar de origem de um Movimento internacional para homens e mulheres, crianças e jovens, famílias e sacerdotes. Entretanto, existem cerca de 180 Santuários de Schoenstatt em mais de 30 países do mundo. A eles, peregrinam inúmeras pessoas, que imploram a Maria a graça de realizarem a sua vocação cristã em todos os estados de vida, na Igreja e na sociedade.


Campo de concentração

Entre 1941 e 1945, o Padre Kentenich esteve prisioneiro dos nacional-socialistas, primeiro na prisão de Coblença, depois no campo de concentração de Dachau. Também aí continua a trabalhar, intrepidamente, na missão da sua vida, anunciando aos homens o amor misericordioso de Deus, e ajudando-os, a que eles mesmos, com o auxílio de Maria, se tornem pessoas de um grande amor.

Muitos prisioneiros, no meio do inferno de Dachau, puderam, através do Padre Kentenich, experimentar uma grande proximidade com Deus.


Viagens internacionais

Entre 1947 e 1948, o Padre Kentenich inicia as suas viagens à América do Sul, África e EUA, para cultivar contactos internacionais e ajudar os schoenstattianos desses países, na edificação do Movimento. O seu amor à Mãe de Deus impele-o a trabalhar por eles, à escala internacional.


Exílio

A 31 de Julho de 1951, o Santo Ofício decretou a suspensão do seu cargo de director do Instituto das Irmãs de Maria. A 30 de Setembro, foi decretada a sua saída de Schoenstatt e a 1 de Dezembro a sua saída da Europa. Chega a Milwaukee, EUA, a 21 de Junho de 1952, lugar destinado pela Igreja para a sua residência. Aí permanece, afastado da sua Obra, até 1965.

As autoridades eclesiásticas competentes examinaram a sua pessoa e a sua fundação. Durante os largos anos da sua ausência de Schoenstatt, o Padre Kentenich demonstrou a autenticidade do seu amor à Igreja e a fidelidade à sua Obra.


Últimos anos de vida

A 22 de Outubro de 1965, o Papa Paulo VI confirma a decisão de o reabilitar, retirando as anteriores proibições e permitindo a sua reaproximação à Obra de Schoenstatt. A 18 de Novembro, completava 80 anos. Na Noite Santa de 1965, regressou a Schoenstatt. No tempo que ainda lhe restava de vida, este sacerdote octogenário trabalhou, ininterruptamente, na consolidação interna e externa do Movimento de Schoenstatt. Apesar de todos os compromissos, jornadas, retiros e, ainda, do sobrecarregado programa de trabalho diário, a sua preocupação foi sempre a pessoa. A sua profunda união com Deus e a paternal bondade que irradia proporcionam a muitas pessoas uma ideia do amor de Deus, nosso Pai.

A 15 de Setembro de 1968, o Padre Kentenich foi chamado por Deus para a eternidade, pouco depois da Santa Missa, pela primeira vez celebrada na nova igreja da Santíssima Trindade, no Monte Schoenstatt. Pode assim continuar a missão da sua vida de uma forma nova. Que ele, de facto, a realiza, experimentaram-no já muitas pessoas, que se vinculam a ele e a ele se dirigem, nas suas necessidades.

No seu túmulo estão gravadas as palavras por ele escolhidas, das quais a sua vida é testemunho: “Dilexit Ecclesiam”


DILEXIT ECCLESIAM - Amou a Igreja